NOVA TENTATIVA DE CONTROLE DE RATOS EM NOVA YORK VAI USAR PRODUTOS QUÍMICOS ESTERILIZANTES
NINGUÉM SABE EXATAMENTE QUANTOS RATOS HÁ EM NOVA YORK, PORÉM MUITOS ESPECIALISTAS ESTIMAM HAVER UM RATO PARA CADA HABITANTE, O QUE DÁ CERCA DE 32 MILHÕES DE PERNINHAS QUE CORREM PELA CIDADE
Ninguém sabe exatamente quantos ratos há em Nova York, porém muitos especialistas estimam haver um rato para cada habitante da cidade, o que dá cerca de 32 milhões de perninhas que percorrem a cidade. Os ratos são muito férteis e algumas vezes geram 12 filhotes numa ninhada, com sete ninhadas por ano. Por essas razões as autoridades de Transporte Metropolitano iniciaram um projeto piloto de esterilização de fêmeas de ratos em conjunto com a empresa Senestech que criou o ContraPest, um produto que, quando consumido por via oral por ratos. Acelera a perda dos ovos e pode causar infertilidade em dias.
Os projetos anteriores em Nova York de extermínio de roedores incluiu o uso de gases mortíferos até a caça com armas de fogo. Essa é uma tentativa nova e inédita de atingir os órgãos reprodutores dos ratos e assim diminuir a população.
Durante os próximos dois meses a empresa Senestech vai estudar o comportamento de ratos no metro de Nova York. Um dos objetivos é determinar o padrão alimentar com a ideia de tornar a isca Contrapest mais atraente do que pizzas e doces que estão no lixo. A sócia da empresa Senestech, Loretta Mayer disse em entrevista que “em Nova York os ratos têm um verdadeiro Buffet à sua disposição, porém não obtém muito liquido”. Por isso nós vamos oferecer uma isca semi sólida coberta de uma camada de queijo e também água de um bebedouro.
Mayer disse que ContraPest é feito basicamente com sal, açúcar, gordura e um vegetal e um produto químico VCD. As iscas serão colocadas dentro de caixas para monitorar o trânsito dos ratos. As caixas serão dispostas em áreas de descarte do metro onde o lixo fica estocado até que a coleta seja feita.
O objetivo final é diminuir a população de ratos, porém não eliminá-los completamente, o que somente causaria a imigração de novos ratos. “Ratos são territoriais então é preciso manter uma baixa população que evite imigrações de ratos de outras regiões. Dessa forma é possível manter a população de ratos em níveis tão baixos que eles não sejam mais avistados pela população no metro da cidade” diz Mayer. A ideia é reduzir a população em cerca de 75%. Uma vez que esse objetivo for alcançado, as iscas serão retiradas do ambiente.
Segundo Mayer o ContraPest não funciona em pessoas ou apresenta qualquer risco químico aos humanos. Os ratos metabolizam o composto em ingredientes inativos em apenas 15 minutos. Caso haja algum contato do produto com o meio ambiente ele degrada em ingredientes inócuos.
Esse texto foi traduzido por Lucia Schuller de artigo da Revista Business Week on line
22/3/2013