Os cientistas Bernton e Brown prepararam um extrato
obtido de Baratas das espécies Blatta Orientalis e Periplaneta Americana, moídas e
esterilizadas, e submeteram 253 pacientes não alérgicos e 114 pacientes alérgicos a
poeira e pólen a testes de pele. O teste consistia em efetuar pequenos arranhões na pele
e aí pingar 2 ou 3 gotas do extrato preparado com Baratas.

    Ainda como parte do mesmo teste, no intuito de
determinar se as baratas são capazes de contaminar alimentos com um alergênico
(substância desencadeadora da alergia) Bernton e Brown prepararam um extrato de ração
Canina parcialmente roída por Baratas. Esta ração foi moída e adicionada a solução
teste que foi usada na pele dos pacientes.

    Uma terceira etapa dos testes era determinar se o calor
poderia de alguma forma afetar o alergênico, diminuindo suas potencialidades nocivas.
Para isso, uma amostra de um lote de Periplaneta Americana moída foi submetido a
aquecimento por um período de uma hora a temperaturas de 100 e 60 graus Centígrados. Em
seguida esta amostra foi resfriada, diluída em uma solução e administrada aos pacientes
do teste.

    Por fim amostras de sangue foram coletadas de 23
pacientes que haviam anteriormente reagido positivamente aos testes de alergia. Os
surpreendentes resultados foram os seguintes:

1- Do grupo de 114 pacientes
alérgicos, 28% demonstraram sinais positivos, tais como, pústulas, inchaço e
vermelhidão. No primeiro grupo, o dos não sensíveis, somente 7,5% apresentaram
reações positivas.

2- Anticorpos estavam
presentes nas amostras de sangue dos pacientes de teste positivo.

3- Os alergênicos não
foram afetados pelo calor.

4- Determinou-se com certeza
que as Baratas contaminam alimentos com substâncias alergênicas.

    Na conclusão deste trabalho, Bernton e brown
recomendavam que os testes rotineiros de alergia incluíssem uma checagem da presença de
alergênicos de Baratas.

    Já foi extensivamente provado e comprovado que as
Baratas transportam uma série de micro organismos patogênicos em seu organismo. O
difícil de se provar é como estes organismos atingem o homem. Tal teste é impossível
de ser concluído, já que não é possível utilizar seres humanos como cobaias. Quando
falamos de alergia no entanto, é muito mais fácil esta constatação, simplesmente
porque é possível procurar por anticorpos de baratas no sangue. As pessoas que são
alérgicas à Baratas sempre terão anticorpos de Baratas.

    As conclusões a que chegaram estes fantásticos
cientistas são de extrema valia para todos os nós na pesquisa de um assunto tão
polêmico e muitas vezes considerado não importante pelo público em geral. A necessidade
de controlarmos as atividades destes insetos nos ambientes em que vivemos ou trabalhamos
é uma reliadade que não pode ser ignorada.

ATCHIMMM !!!

É UMA BARATA !!!

    O
inverno nos estados do sul do Brasil traz uma séria ameaça para os mais sensíveis: as
crises de ASMA. Os ambulatórios das cidades ficam, durante esta época, lotados de
pacientes atormentados por uma doença sem cura – AS ALERGIAS. O
tratamento geralmente é a base de drogas anti - alérgicas, que em muitos casos provocam
efeitos colaterais. Na pior das hipóteses o indivíduo, em geral crianças e velhos, que
sofrem estas crises se submetem a tratamentos intensivos com vaso dilatadores e até
antibióticos. É uma época difícil para estes super sensíveis. Após superada a crise
o tratamento exige uma pesquisa profunda para determinar todas as possíveis causam que
detonam estas crises. Geralmente a culpa recai sobre poeira, alimentos, fibras usadas em
tecidos de decoração, carpetes, cortinas e outros. E lá se vão angustiados pais destas
crianças a retirar de casa todos os objetos suspeitos, a mudar a alimentação e a tomar
todos os cuidados possíveis para evitar que o filho passe por tamanho sofrimento. Posso
falar de cadeira porque também sofri muitos anos com uma filha que tinha crises
constantes e sei como é angustiante para todos na família ver um ente querido neste
estado de aflição.

    Recentes pesquisas nos EUA descobriram mais um
provável fator detonante de crises alérgicas, inclusive da asma alérgica – A
BARATA ! Isso mesmo ! Por mais absurdo que possa parecer um grupo de cientistas americanos
provou e comprovou que a Barata, este minúsculo e nojento inseto, é capaz de irromper no
organismo dos mais sensíveis as terríveis crises alérgicas.

    Já são bem conhecidas de todos as reações
alérgicas causadas por mordidas de insetos tais como vespas, pulgas, abelhas e mosquitos.
Algumas dessas reações podem variar de um pequeno inchaço na pela até o óbito,
causado em certos indivíduos após serem picados inúmeras vezes por abelhas. Até o ano
de 1964 não se tinha notícia de que as Baratas poderiam representar algo de
significativo na questão das alergias. Foi somente no mês de fevereiro daquele ano que
dois especialistas americanos, o Dr. Harry S. Bernton e o Dr. Halla Brown apresentaram uma
tese para a Academia Americana de Alergia revelando pela primeira vez o potencial
alergênico das Baratas.

O MEDO

Quando a vontade e a imaginação estão em conflito, a
última sempre ganha a batalha

(Emilie Coure)

    Segundo os psicólogos do desenvolvimento, a criança
teria só dois medos: do barulho e de cair. Todos os outros medos que uma pessoa pode ter
são fruto do ambiente, dos traumas do passado, das crenças erradas...

    Recentemente, tive mais uma experiência sobre o medo e
os traumas das pessoas adultas. estava na sala de espera de um cinema da Av. Paulista
quando uma senhora, que também esperava para assistir ao filme, deu um sonoro grito,
ficou apavorada e paralisada. Sabe por quê? Descendo calmamente a parede lateral da sala
estava uma Barata. O mal estar foi geral e entre os presentes ninguém tomou
providências. Esperei uns segundos e resolvi o problema matando a Barata. Sabemos que as
baratas são ameaça à Saúde Pública (veja reportagem do nosso número 06 de
Janeiro/Fevereiro/92), mas o medo que elas causam nas pessoas, mexendo com o
subconsciente, com a imaginação de cada um, é algo muito sério; e, quando o medo
assume dimensão neurótica, assemelhando-se a fobia, precisamos nos cuidar.

    A Dra. Bann Kang, autoridade mundial em alergias
provocadas por baratas, aprofundou o trabalho dos cientistas Bernton e Brown. A Dra. Kang
passou 10 anos trabalhando no Hospital Monte Sinai em Chicago, dirigindo intensas
pesquisas sobre o assunto. Nesta época chamou muito a atenção da pesquisadora a grande
quantidade de casos de asma em pacientes que vinham de uma área da cidade altamente
infestada por baratas.

    Suas pesquisas ficou restrita a espécie Blattella
Germanica, espécie tipicamente doméstica e muito encontrada nas áreas - problema.
Inicialmente foram feitos testes de pele e identificados um grupo positivo e outro
negativo, num total de 45 pacientes. A Dra. Kang deu início então aos testes de desafio
Bronquial. Foi preparado um extrato feito de Baratas, moídas e esterilizadas. Deste
extrato, fez-se uma solução que foi então Atomizada em um ambiente fechado. Os
pacientes escolhidos para o teste deveriam respirar este ar. Os resultados indicaram
reações imediatas naqueles indivíduos cujos testes de pele tinham sido positivos,
enquanto que o grupo de testes de pele negativos não foi afetado.

    O grupo sensível mostrou também um aumento no sangue
de componentes que indicava sensibilidade ao antígeno de Baratas. Como resultado dos
testes efetuados a Dra. Kang passou a adotar o termo "asma de Baratas" . Ela
também concluiu que as pessoas que contraíram este tipo de asma geneticamente
predispostas a reagir ao antígeno contido na quitina e em fezes de Baratas. Quando as
Baratas morrem ou mudam de fase ninfal, seus exoesqueletos velhos e fezes misturam-se a
poeira, transformando-se em substâncias poluídoras que desencadeiam reações alérgicas
resultando em desconforto e mal estar para inúmeros habitantes de área infestadas por
Blattella Germanica. O tratamento imunológico proposto pela Dra. Kang consistia de uma
série de injeções de extrato de Baratas. Segundo suas pesquisas, um total de 40 semanas
seria o período necessário para o organismo reagir e produzir os anticorpos que
neutralizam o efeito do antígeno de Baratas.

As
antenas das Baratas não servem unicamente como elemento de direção. Elas também podem
ouvir ao captar vibrações no ar ou ainda cheirar alimentos ou feromônios.
Estes órgãos são muito mais complicados e completos do que nós podemos imaginar.

As
Baratas são insetos altamente prolíficos. A espécie Blattella Germanica é a mais
prolífica de todas. Uma única cápsula pode conter 48 ninfas (filhotes). Como esta
espécie vive muito próximo ao homem, em frestas concentradas nas áreas onde haja
abundância de alimentos e calor, elas amadurecem em muito pouco tempo. Um mês no
máximo. Estima-se que uma fêmea possa produzir 400.000 descendentes em um ano.
Alarmante, não ???

As
Baratas podem também reproduzir-se partogenéticamente, ou seja, ovos postos por fêmeas
que não tiveram contato com o macho da espécie vão produzir novas gerações unicamente
de fêmeas. Elas são autênticas representantes de LIBERTAÇÃO FEMININA.